Preocupação
Com cinco diagnósticos diferentes, mãe busca análise médica definitiva para o filho
Com o filho de dez anos internado desde o dia 7, Luana Motta Duarte se preocupa com a situação
Foto: Italo Santos - Especial - DP - Luana Motta Duarte está preocupada com quadro clínico do filho
O desespero de uma mãe diante da incerteza do diagnóstico para o filho de dez anos, internado desde o dia 7 de junho no Hospital Universitário São Francisco de Paula (HU-UCPel) e prestes a ter alta, a faz pedir ajuda. Em 12 dias, entre idas e vindas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) e Unidade Básica de Saúde (UBS), foram cinco laudos diferentes. A cuidadora de idosos, Luana Motta Duarte, 32, que já havia relatado seu dilema à reportagem no dia 5 deste mês, voltou às páginas do jornal. Ela só pede que Christopher Duarte da Silva seja analisado por um pneumologista ou encaminhado para o Hospital Escola (HE-UFPel), com um tratamento adequado. O desfecho positivo se deu depois que a reportagem conversou com a mãe do menino.
"Ele já esteve no oxigênio com 88 de saturação, está há mais de sete dias tomando Predsim (corticóide) e a tosse continua. Meu medo é que o tratamento esteja sendo aplicado com base no Raio-X feito no PS, sendo que pode estar errado, conforme me disse um médico. Temo que na volta para casa e o pior aconteça", desabafou. A saga pelo tratamento que resolva o problema de Christopher - que é asmático e tem TDH (déficit de atenção) - começou entre os dias 27 e 28, quando ele foi diagnosticado com síndrome gripal, na UPA. Sem melhoras, dia 5 ele retornou a Unidade com febre e falta de ar, quando foi encaminhado para o PS que apontou broncoespasmo. No dia seguinte, após novo Raio -X, a médica plantonista informou que o menino estava com pneumonia e o deixou em observação.
Na noite do dia 6, o paciente piorou e precisou de oxigênio. "Foi quando o pediatra pediu a internação dele", relatou a mãe. Até então, Luana achava que a questão estaria resolvida, mas o dilema continuou. "Chegaram a cogitar que poderia ser tuberculose. Eu não sei mais em quem acreditar. A cada entrada de pediatra é um laudo diferente", conta. No sábado, dia 10, uma pediatra conversou com a mãe do paciente e explicou que ele voltaria para o corticóide e antibiótico, e que a situação dele era uma forte crise de asma - sem infecção respiratória -, sendo que o menino precisaria tomar bastante água e fazer limpeza nasal seguidamente.
"Ainda no sábado, perguntei se não fariam novos exames, como uma tomografia, e a resposta foi de que ele (Christopher) está prestes a ter alta. Reforcei, perguntando se um pneumologista não poderia examiná-lo e tive como resposta que a pediatria não tem esse tipo de especialista. Dói ouvir meu filho, que é inquieto, dizer que não aguenta mais tossir e nada poder fazer." Na manhã de ontem, após a reportagem questionar a Secretaria de Saúde de Pelotas e o HU, o menino passou por novo Raio -X e um pneumologista foi conversar com Luana e examinou Christopher. "Ele disse que meu filho teve um pouco de pneumonia e, a partir de agora, fará acompanhamento médico", conta a mãe, associação o resultado à entrevista dada ao jornal.
O que diz Prefeitura
A Secretaria de Saúde explica que os dados do paciente não podem ser fornecidos, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, mas que está acompanhando o caso junto ao Hospital Universitário São Francisco de Paula. Ainda de acordo com a SMS, as respostas em relação ao diagnóstico e tratamento do paciente são de responsabilidade do Hospital.
O que diz o HU
"O paciente foi internado com quadro de crise de asma e infecção respiratória associada. Está em uso de antibiótico via oral e broncodilatadores inalatórios. Não apresenta sinais de gravidade, teve boa resposta aos tratamentos instituídos e tem plano de alta breve com seguimento ambulatorial já agendado."
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